Este trabalho analisou as relações de humanização no setor de Radiologia Convencional de um hospital infantil da Região da Grande Florianópolis articulando com as diretrizes da Política Nacional de Humanização. É um estudo de natureza qualitativa, que utilizou como método a observação não-participante e a entrevista semi-estruturada com 28 pessoas entre profissionais das Técnicas Radiológicas, acompanhantes (pais, avós, tios(as) ou responsável legal da criança) e adolescentes atendidos no setor de Radiologia, como também uma funcionária responsável pelo serviço de Humanização do hospital. Dentre os resultados, encontramos como percepção dos protagonistas do processo de humanização, aspectos semelhantes com o existente na literatura e nas diretrizes da Política Nacional de Humanização. Acerca da disposição dos ambientes, maior parte das pessoas atendidas estão satisfeitas com o ambiente do setor de Radiologia, porém a observação mostra-nos que há necessidade de algumas melhorias como espaço de recreação na sala de espera do setor e utilização da decoração lúdica como estratégia de trabalho. A qualificação profissional não têm sido abrangente com o tema Humanização e suas políticas públicas, onde muitos profissionais não tiveram essa abordagem na educação formal e continuada. O ponto crítico encontrado foi a carência de comunicação e informação entre profissional e paciente, pois poucas vezes observou-se explicações claras do procedimento realizado. Outro dado encontrado consiste do não cumprimento de algumas disposições legais acerca da radioproteção no local, trazendo risco para pacientes, acompanhantes e pessoas envolvidas. Conclui-se, assim que mudanças são necessárias, com sugestões dos atores sociais para o progresso dos trabalhos envolvendo humanização. |